segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Não faz sentido" Parlamento Europeu adiar votação de Durão Barroso, diz ministro Luís Amado

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Luís Amado, disse hoje esperar que o Parlamento Europeu (PE) “se pronuncie definitivamente” em Setembro sobre a recondução de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia, afirmando que “não faz sentido” adiar o processo.

“Não faz sentido, do nosso ponto de vista, que o processo se estenda para lá da data já prevista, 16 de Setembro. É fundamental que o presidente da Comissão seja votado, de forma a garantir a estabilidade necessária para os meses seguintes, até final do ano”, declarou hoje Amado, em Bruxelas, à margem de uma reunião de MNE da UE.

Reiterando que a actual crise económica “exige uma Comissão forte, activa” e lembrando que o Conselho (Estados-membros) chegou a acordo, em Junho, sobre a recondução de Durão Barroso, Luís Amado disse que “seria bom para a Europa e para o projecto europeu que o presidente da Comissão fosse definitivamente designado a 16 de Setembro, e é essa a posição do Governo português”.

Os chefes de Estado e de Governo dos 27 chegaram a acordo, a 19 de Junho último, em Bruxelas, por unanimidade, para reconduzir José Manuel Durão Barroso no cargo de presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos, tendo formalizado a indigitação no início de Julho.

Ao contrário do que desejavam o Partido Popular Europeu (PPE) – maior família política da assembleia – e o próprio Durão Barroso, a maioria dos grupos políticos do PE rejeitou realizar a votação sobre o futuro presidente da Comissão na sessão constitutiva da assembleia realizada entre 14 e 16 de Julho, em Estrasburgo, tendo pré-agendado a votação para a sessão de Setembro. No entanto, esta votação ainda terá que ser oficializada.

Diversos quadrantes políticos defendem que o PE só se deve pronunciar sobre o presidente da Comissão depois do segundo referendo irlandês ao Tratado de Lisboa, agendado para 2 de Outubro.

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