segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Portugal: Algarve tem mais nove zonas de risco de derrocadas de arribas ou falésias


No Algarve estão assinaladas nove zonas de risco em falésias nos concelhos de Aljezur, Lagos, Lagoa e Portimão, áreas que são classificadas como sendo de intervenção prioritária ao abrigo do Plano de Acção para o Litoral 2007-2013.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto da Água (Inag), estão identificadas a nível nacional 32 zonas de risco, locais onde estão previstas intervenções, o que não significa que sejam feitas de imediato.

O plano de acção do Ministério do Ambiente português, disponível em linha na página oficial do Ministério, define as propostas de actuação para o litoral português naquele período, devendo ser revisto de dois em dois anos.

O plano poderá ainda ser revisto excepcionalmente em resultado da ocorrência de fenómenos de "carácter excepcional", da elaboração, revisão ou alteração de planos especiais de ordenamento do território, diz o documento.

Em Aljezur, as arribas assinaladas no plano elaborado pelo Ministério do Ambiente pertencem às praias de Odeceixe, Carrapateira e Arrifana, enquanto que em Lagos as zonas de risco foram identificadas nas praias Dona Ana e do Castelo.

Em Lagoa, é o Promontório da Senhora da Rocha que é identificado como zona de risco e em Portimão são as arribas existentes nas praias do Amado, Careanos e Três Castelos, segundo a listagem contida no plano.

A maioria das áreas identificadas para intervenção prioritária no Algarve estão abrangidas pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Burgau-Vilamoura, à excepção das arribas da Arrifana, cuja localização já se insere na área do POOC Sines-Burgau.

A arriba que desmoronou parcialmente sexta-feira na praia Maria Luísa, em Albufeira, causando a morte a cinco pessoas e ferimentos noutras três, não estava assinalada como estando em perigo iminente.

O auto de notícia relativo à derrocada na praia Maria Luísa foi entregue segunda-feira de manhã no Ministério Público (MP) de Albufeira, ficando qualquer "acção ou diligência" futura relativamente ao desastre entregue ao MP.

Texto: Lusa; Foto: JLC/CONTACTO

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