terça-feira, 29 de setembro de 2009

Luxemburgo: Mil despedimentos num ano no sector bancário

Um ano após o início da crise económica e financeira, o número de despedimentos na praça financeira luxemburguesa atinge já o milhar, anuncia o sindicato dos empregados do sector SESF-LCGB. O balanço indica que a crise custou 20 planos sociais e 1.000 despedimentos.

Ao mesmo tempo que critica vivamente a decisão do RBC Dexia de deslocalizar uma parte das suas actividades, o sindicato explica também por que razão preferiu prolongar a convenção colectiva do sector que tinha recusado assinar há dois anos.

Segundo Gabriel di Letizia, presidente do SESF, os 20 planos sociais e os 1.000 despedimentos são apenas a ponta do icebergue, uma vez que o número de contratos temporários não renovados é difícil de calcular.

E foi para não complicar ainda mais a situação que o sindicato decidiu assinar o prolongamento do acordo colectivo, que entrou em vigor há dois anos, pela mão de ALEBA, o sindicato maioritário do sector. É que, mesmo criticando a convenção relativamente à evolução das carreiras que considera demasiado lentas, o SEST reconhece que algumas disposições, nomeadamente os pré-avisos duas vezes mais longos impostos pela lei, mostraram-se particularmente importantes nestes tempos de crise.

Quanto à acção de salvamento por parte do Governo do antigo banco Fortis, Gabriel di Letizia gostou da atitude do BGL, salientando tanto o compromisso do Governo como o do grupo BNP Paribas de não recorrer a planos sociais. Já o RBC Dexia merece as críticas do presidente do SESF, que lamenta a decisão de transferir postos de trabalho do Luxemburgo para a Malásia: "Pedimos ao Estado que intervenha, eles (Dexia) foram ajudados e agora têm uma responsabilidade social".

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