sábado, 31 de outubro de 2009

Clima: Paris, Berlim e Brasília vão ser linha da frente em Copenhaga

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou sexta-feira à noite, em Bruxelas, que a França, a Alemanha e o Brasil vão tomar "iniciativas" tendo em vista facilitar um acordo durante a conferência de Copenhaga, em Dezembro, sobre o clima.

Os Governos dos três países vão tentar "pôr em cima da mesa um papel que possa gerar consenso", revelou ontem declarou Sarkozy aos jornalistas à saída de um conselho europeu em Bruxelas.

O presidente francês assinalou também que com a cimeira de Bruxelas, "pela primeira vez, há o reconhecimento de um mecanismo nas fronteiras para o caso de os outros países do mundo não cumprirem as mesmas obrigações do que a Europa", em matéria de normas ambientais.

As palavras "taxa carbono nas fronteiras" não figuram no comunicado final da cimeira, "mas o princípio está lá", realçou.

Sarkozy referiu que será preciso repartir entre os estados-membros da UE o dinheiro para ajudar os países mais pobres a aceder à energia primária. "Decidimos por isso criar um grupo de trabalho para ter em conta as possibilidades financeiras de cada um", acrescentou.

Interrogado sobre a organização de uma conferência intermédia sobre o clima, antes da de Copenhaga, proposta por ele em Nova Iorque em Setembro, Sarkozy não confirmou que esta poderia vir a ter lugar. Em meados de Novembro "em Singapura, haverá uma cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Teria achado interessante, uma vez que só faltará a Europa, que se lhe juntássemos. Mas nem toda a gente é entusiasta dessa ideia, penso nomeadamente nos Estados Unidos", explicou Sarkozy.

Os europeus chegaram a acordo sexta-feira em Bruxelas sobre uma posição de negociação tendo em vista a conferência internacional de Copenhaga e o princípio de ajuda aos países mais pobres mas recusaram, nesta fase, pôr dinheiro na mesa, o que lhes valeu a crítica dos ecologistas.

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