terça-feira, 27 de abril de 2010

"Portugal enfrenta ameaça de dívida, mas economistas vêem esperança", escreve Wall Street Journal

"Portugal ficou sob pressão dos mercados financeiros na semana passada, motivando preocupações de que poderia ser o próximo país da zona euro a soçobrar perante o peso da dívida pública, mas a maioria dos economistas diz que o país está mais bem posicionado para resolver os problemas", escrevia na sua edição de segunda-feira o Wall Street Journal.

No artigo assinado por Brian Blackstone e Tom Lauricella, estes escrevem que "a maioria dos economistas diz que Portugal, apesar dos seus problemas, está mais bem posicionado para resolver as suas finanças que a Grécia" e acrescentam que "é improvável que [o país] deslize para uma crise financeira como a da Grécia".

O Wall Street Journal, um dos maiores e mais reputados jornais económicos norte-americanos, diz que o crescimento do prémio de risco que os investidores exigem para comprar dívida pública "reflecte o escrutínio crescente dos mercados [financeiros internacionais] sobre os países mais fracos da zona euro".

O jornal sublinha que "as preocupações segundo as quais Portugal talvez precise de um plano como o da Grécia são exageradas, de acordo com a maioria dos investidores e analistas, graças às menores necessidades de financiamento e à maior credibilidade que o país goza junto da União Europeia e dos mercados internacionais".

Portugal "não joga no mesmo campeonato da Grécia", vinca Carsten Brzeski, um economista no Banco ING, em Bruxelas, no artigo que ocupa boa parte do texto a explicar as diferenças entre a situação financeira portuguesa e a grega.

"Os portugueses não têm o mesmo historial de contabilidade criativa que os gregos", concluiu o economista, apoiando a opinião de Eric Stein, um gestor de fundos na Eaton Vance, uma empresa de Boston, que considera que serão os mercados a ditar se vão ser precisas mais medidas para combater o défice além das que estão previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

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