O líder socialista francófono belga, Elio Di Rupo, aceitou domingo continuar a tentar formar Governo, depois da insistência do Rei Alberto II, que se recusou a dispensá-lo da função apesar do impasse das negociações.
Encarregado a 9 de Julho de conduzir as negociações necessárias para formar um Governo de coligação, Elio Di Rupo está numa situação de impasse, sem conseguir ultrapassar as divergências entre os partidos flamengos e francófonos.
Domingo, o presidente do PS pediu ao monarca para “ser dispensado da sua missão”, informou o palácio real em comunicado, numa audiência que durou mais de três horas.
Apesar do impasse e do aparente fracasso, "o rei recusou o pedido e pediu-lhe que prossiga na sua missão” e Di Rupo "aceitou”, adianta o comunicado.
O partido liderado por Di Rupo ganhou as eleições entre os francófonos, em 13 de Junho, enquanto do lado dos flamengos a vencedora foi a Nova Aliança Flamenga (NVA), favorável à independência da Flandres.
As divergências respeitam em particular aos temas mais sensíveis, como o conflito linguístico entre as duas comunidades e a autonomia regional reforçada pretendida pelas Flandres, mas também a questão do círculo eleitoral bilingue de Bruxelles-Hal-Vilvorde, que a Flandres quer eliminar, a nova lei de financiamento das regiões e o refinanciamento de Bruxelas.
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