Mais de 80 mil pessoas saíram no domingo às ruas de Hong Kong para pedir justiça pela morte de oito turistas na sequência do sequestro de um autocarro em Manila e em protesto pela actuação das autoridades filipinas.
De acordo com os organizadores da manifestação, o número de manifestantes revela a “raiva e a unidade da população de Hong Kong” perante o incidente.
A população da antiga colónia britânica acusa a polícia de Manila de ter conduzido a operação de resgate dos reféns de forma “amadora”.
Um ex-polícia armado sequestrou, a 23 de Agosto, um autocarro em Manila com 20 turistas de Hong Kong que estavam de visita à capital das Filipinas, para pedir a sua readmissão na polícia local, depois de ter sido afastado em 2008 por ter sido acusado de roubo, extorsão e outros crimes ligados à droga. O sequestrador foi abatido a tiro pela polícia filipina ao fim de mais de dez horas de operação de resgate dos reféns e que culminou com a morte de oito turistas. Três residentes de Hong Kong feitos reféns em Manila estão gravemente feridos e um encontra-se em coma.
O governo das Filipinas está a desenvolver uma investigação ao caso e um grupo de especialistas forenses de Hong Kong vai analisar esta semana o autocarro.
O chefe da polícia das Filipinas demitiu-se e quatro agentes que participaram na operação de resgate foram suspensos enquanto decorrer a investigação.
As armas usadas pelos cerca de 200 agentes da polícia que integraram a operação de resgate vão ser alvo de testes de balística para averiguar se as vítimas foram atingidas por disparos da polícia ou do sequestrador.
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