sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Portugal: Temporal obrigou a trabalhos de limpeza redobrados de funcionários da Baixa lisboeta




O mau tempo que hoje assolou a Baixa lisboeta provocou o caos no trânsito e obrigou a trabalhos redobrados dos funcionários de limpeza de algumas instituições atingidas duramente pelo temporal.

Exemplo disso é o Teatro Dona Maria II, cujo primeiro piso ficou inundado. Nos intervalos da chuva, três empregados tentavam limpar as instalações, um trabalho que pode durar todo o dia.

Quando a chuva acalmou, os funcionários das várias lojas e restaurantes do Rossio e área circundante aproveitaram para limpar o muito lixo que se acumulou na calçada e para recolher as mesas e cadeiras das esplanadas.

Marília, empregada de uma loja de artesanato no Palácio da Independência, recorda que a água chegou a ultrapassar o nível da cintura. Enquanto varria, a funcionária olhava em volta para contabilizar os estragos: “São muitos. Ficou tudo a boiar”.

Contactado por telefone, o vice-presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, Vasco Mello, registou inundações por toda a Baixa, inclusive na cave da sua própria loja, na Rua do Amparo, e em estabelecimentos das ruas Augusta e da Prata, onde estas situações já não aconteciam desde há dois anos.

Na Rua da Prata chegaram mesmo a fazer transbordar dois coletores de águas pluviais.

“Ainda bem que foi de manhã. Se fosse de noite seria uma desgraça”, afirmou o responsável, explicando que a situação tinha melhorado com uma intervenção no parque de estacionamento da Praça da Figueira que abrangeu também a Rua da Palma.

Por isso, disse não entender como estas inundações se podem repetir, depois de várias intervenções, inclusive com coletores.

Já em Chelas, a Lusa constatou que os maiores transtornos no trânsito foram provocados pela deslocação de tampas de esgotos.

Um carro reboque que tentava passar entre o trânsito ficou preso e teve de ser ajudado por outro veículo idêntico.

De Chelas à Baixa, são notórios vários lençóis de água na estrada, caixotes de lixo no chão e lixo.

No entanto, cerca das 13:00, o trânsito já não era muito e também não havia muitos passageiros à espera de autocarros.


Foto e texto: Lusa

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