quinta-feira, 24 de março de 2011

Festival de Cinema Português no Ciné Utopia, a partir de hoje e até 7 de Abril

Começa hoje mais um Festival de Cinema Português no Ciné Utopia, em Limpertsberg, que integra cinco filmes e que decorre entre 24 de Março e 7 de Abril.

O grande convidado da edição deste ano do Festival de Cinema Português é o realizador Luís Galvão Teles (na foto, à direita), que regressa ao Luxemburgo, onde residiu durante longos anos, para apresentar o seu filme "Dot.Com", exibido na sessão inaugural do certame esta quinta-feira, às 19h, no Cinema Utopia, em Limpertsberg.

Mais uma vez este ano cinco filmes portugueses integram o programa do certame:

- "Os Imortais" (2003), de António-Pedro Vasconcelos, uma co-produção luso-luxemburguesa. Com Nicolau Breyner e Joaquim de Almeida (fotos à esquerda). Sinopse: 1985. Todos os anos, quatro ex-combatentes da guerra colonial reúnem-se para comemorar os feitos da guerra e manter o grupo unido. Fartos da pasmaceira do país, decidem assaltar um banco no Algarve.

- "Amor e Dedinhos de Pé" (1991), de Luís Filipe Rocha, que está presente pelo segundo ano consecutivo no festival. Sinopse: Adaptação ao cinema do romance homónimo de Henrique de Senna, que conta a história de Francisco Frontaria, cuja arrogância o levará ao ostracismo e à miséria no Bairro Chinês até que o amor o resgate. A história decorre na Macau do início do século XX.

- "Aquele querido mês de Agosto" (2008), de Miguel Gomes. Sinopse: No coração do Portugal serrano, o mês de Agosto multiplica os populares e as actividades. Regressam à terra, lançam foguetes, controlam fogos, cantam karaoke , atiram-se da ponte, caçam javalis, bebem cerveja, fazem filhos.

- "Dot.Com" (2007), de Luís Galvão Teles. Sinopse: Águas Altas é o nome de uma pacata aldeia do interior composta por gente humilde. Eis quando uma multinacional madrilena reclama o nome do seu site para lançar uma água com o mesmo nome. A aldeia divide-se entre quem quer vender o site e quem se opõe, um diferendo que arrasta uma tempestade mediática e a intervenção directa do primeiro-ministro português contra a "invasão" espanhola (na foto, à direita).

- e "O Mistério da Estrada de Sintra", de Jorge Paixão da Costa (na foto, à esquerda). Sinopse: Verão de 1870. Dois escritores, Eça e Ramalho. Ramalho é raptado. O desafio está lançado. Escrever um policial a quatro mãos para o Diário de Notícias. Será que a história que criaram como ficção é baseada num caso real? Esta é a pergunta que sustenta o conflito entre estes dois escritores, e os afasta num duelo quase mortal entre Sintra e Malta. Os crimes sucedem-se e Lisboa está em alvoroço.

Quinze dias para ver cinco filmes

Durante quinze dias, cada filme é exibido em versão original, legendado em francês ou em inglês, em duas sessões.

Exceptuando a sessão inaugural na quinta-feira, as sessões são acessíveis ao grande público através das tarifas praticadas habitualmente no Cinema Utopia (16, av. de la Faiencerie, em Limpertsberg, na capital).

Para reserva de bilhetes, contacte o tel. 22 46 11. Para mais informações, consulte o site daquela sala de cinema (em www.utopolis.lu ).

Este evento é organizado pelos cinemas Utopia e a Embaixada de Portugal, em colaboração com o Instituto Camões do Luxemburgo.

O festival tem o mérito de ter reanimado no ano passado as projecções de filmes portugueses nas salas escuras luxemburguesas, que têm sido ao longo das últimas três décadas (pelo menos desde 1989) esporádicas, para não dizer raras. Recorde-se que, diversas vezes pelo passado, houve tentativas, tanto da parte da Embaixada de Portugal no Luxemburgo como de associações, de se criar um festival de cinema português regular no Grão-Ducado. Pudemos assistir a alguns bons filmes portugueses na Cinemateca, no Utopolis e no Utopia, na capital, mas também no Kinosch, a sala de cinema da Kulturfabrik, em Esch-sur-Alzette. Mas estes foram sempre certames que não tiveram continuação. Esperemos que o mesmo não aconteça com este. Não o será certamente pela falta de qualidade dos filmes em exibição.

José Luís Correia

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