sexta-feira, 22 de julho de 2011

Cabo Verde/Presidenciais: Jorge Carlos Fonseca garante que fará mandato isento e junto dos cidadãos

O candidato à presidência da República Jorge Carlos Fonseca disse hoje que a motivação da sua candidatura é a vontade de servir o país e prometeu ser um presidente atento e junto dos cidadãos.

No seu primeiro comício no bairro de Achada Santo António, onde tradicionalmente o MpD inicia as campanhas eleitorais, partido que o apoia, Jorge Carlos Fonseca afirmou que pretende ser um presidente que estará junto dos cidadãos para ajudar na resolução dos problemas do país.

Perante milhares de pessoas que estiveram no comício, Jorge Carlos Fonseca explicou que se o candidato apoiado pelo PAICV (partido que sustenta o governo) ganhar as eleições é um “perigo” para a “jovem democracia cabo-verdiana”.

O candidato às presidenciais de 7 de agosto acrescentou que o partido que sustenta o governo tem ainda “muita influência na justiça, na comunicação social e nas associações comunitárias pelo que se “algum dos candidatos do PAICV ganhasse as eleições “haveria a tentação de uma hegemonia que poderia conduzir o país a uma democracia apenas formal”.

“Poderíamos ter uma situação idêntica a alguns países africanos onde há eleições mas são sempre os mesmos partidos que ganham e seria um quase regresso ao regime de partido único e isso não queremos jamais”, argumento.

O candidato apoiado pelo Movimento para Democracia (MpD, oposição) prometeu se vencer as eleições que irá trabalhar com o governo para a redução da pobreza em Cabo Verde, promover o crescimento económico e combater o desemprego, a insegurança e trabalhar para a credibilização da justiça cabo-verdiana.

Jorge Carlos Fonseca negou que tenha a intenção de “fazer oposição ao governo” na presidência, mas garantiu que será um chefe de Estado atento, porque “se o governo não tiver as políticas certas é dever do presidente chamar a atenção para as corrigir”.

Caso seja eleito, prometeu ainda exercer o cargo com isenção, imparcialidade e lembrou que estando há mais de 13 anos fora da política partidária, tem melhores condições de ter a independência necessária para o cargo.

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