quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Greve geral paralisa Portugal

Foto: LUSA
A greve geral em Portugal, convocada pela CGTP e pela UGT, está a paralisar alguns sectores e serviços do país. É a segunda paralisação conjunta das duas centrais sindicais contra as medidas de austeridade.

A greve geral de hoje levou a TAP a cancelar 121 dos 140 voos programados, disse à Lusa fonte da companhia aérea, indicando que 17 voos foram reprogramados e dois foram definidos como serviços mínimos. "Devido à greve geral e tendo em conta que o controlo de tráfego aéreo apenas assegura a realização dos voos definidos nos serviços mínimos, a TAP vai, nesse âmbito, operar dois voos", afirmou a mesma fonte.

Assim, realizam-se os voos TP1639/1664 Lisboa-Funchal-Lisboa (partida de Lisboa às 18:05 e do Funchal às 19:50) e o TP1821/1822 Lisboa-Terceira-Lisboa (partida de Lisboa às 08:00 e da Terceira 10:25). Da restante operação prevista, 17 voos foram reprogramados, através da antecipação ou do adiamento para horários fora do período de greve.

A mesma fonte da TAP disse ainda que "cerca de 80 por cento dos clientes" da companhia aérea que tinham reservas válidas para os voos a realizar hoje foram atempadamente contactados e acordaram em realizar as suas viagens noutras datas.

Os impactos da greve geral de hoje, convocada pelas centrais sindicais CGTP e UGT, deverão sentir-se em vários sectores, entre os quais os transportes. No que respeita aos aeroportos, aderem à paralisação o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), que representa os trabalhadores de assistência em terra nos aeroportos, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, e a Comissão de Trabalhadores da NAV, empresa de controlo aéreo.

Forte adesão na recolha do lixo 

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) registou esta madrugada adesões maioritariamente de 100 por cento nos Serviços de Recolha de Lixo em 28 municípios do país e das ilhas, indica uma nota daquela estrutura.

De acordo com os dados disponíveis, apenas na Câmara de Oeiras com a recolha do lixo paralisada em 80 por cento, em Gondomar, com uma paralisação de 65 por cento e em Olhão (Ambiolhão) com uma adesão de 75 por cento não foram registadas paralisações totais.

O STAL, afecto à CGTP, efectuou contagens nos distritos de Braga, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e em Ponta Delgada e sustenta numa nota que a paralisação da recolha do lixo "marca a adesão dos trabalhadores da Administração Local à greve geral".

Populares cortaram circulação de comboios A Guarda Nacional Republicana teve que intervir em dois casos de pessoas que cortaram a circulação dos comboios, em Torres Novas e Sintra, em protesto pelo facto de circular em dia de greve geral, disse hoje à agência Lusa fonte policial. Os cortes de linha aconteceram ao início da manhã de hoje, com "populares a colocarem-se na linha de comboio e a impedirem que as composições ferroviárias circulassem", relatou a mesma fonte.

"Os incidentes ocorreram em Lamarosa, na região de Torres Novas, e na linha de Sintra", acrescentou. CP não cumpriu serviços mínimos A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações adianta, à TSF, que os serviços mínimos da CP não estão a ser cumpridos.

A empresa informa que, até às seis da manhã, cinco dos 19 comboios de serviços mínimos previstos não se realizaram, tendo quatro deles ficado parados por intervenção do piquete de greve.

O sindicato diz também que há uma paralisação total na Soflusa, Transtejo, na STCP e no metro de Lisboa. No iníco da manhã, apenas circularam três autocarros da Carris.

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