quarta-feira, 28 de março de 2012

Caso Luxair: Piloto condenado a três anos e meio de prisão

O caso do acidente da Luxair chegou ontem finalmente ao fim. Nove anos depois do acidente do Fokker que fez vinte mortos, incluindo uma hospedeira portuguesa, o Tribunal do Luxemburgo condenou o piloto a três anos e meio de prisão com pena suspensa.

Claude Poeckes, o homem que ia aos comandos do Fokker quando o aparelho se despenhou em Nideranven, em Novembro de 2002, foi também condenado a pagar uma multa de quatro mil euros.

O antigo director técnico e os dois técnicos da companhia aérea luxemburguesa acusados no processo também foram condenados pelo Tribunal. O antigo director técnico, Marc Gallowitch, foi condenado a dois anos de prisão e ao pagamento de uma multa de dois mil euros. Os dois técnicos, Guy Arendt e Leon Moes, foram condenados a penas de 18 meses, todos com pena suspensa.

Ilibados foram os três antigos directores da Luxair, tal como pedira o Ministério Público. Christian Heinzmann, Jean-Donat Calmes e Roger Siezen não foram considerados responsáveis pelo acidente.

O Fokker da companhia aérea luxemburguesa despenhou-se a 6 de Novembro de 2002 entre Roodt-sur-Syre e Niederanven, provocando a morte de 20 pessoas, incluindo a hospedeira luso-descendente Paula dos Reis, de 32 anos.

A hospedeira Paula Reis morreu no acidente
Natural de Condeixa, Paula dos Reis, na altura com 32 anos, deixou um filho de um ano de idade e o marido, o português Paulo Ferreira. A chefe de cabine da Luxair regressava a casa no voo proveniente de Berlim em que se deu o acidente que chocou o Grão-Ducado. No acidente morreu também o co-piloto e 18 passageiros.

A lentidão do processo levou mesmo as famílias das vítimas a apresentar queixa contra o Estado luxemburguês junto do Tribunal dos Direitos do Homem, em Estrasburgo. Em 2010, a família da hospedeira portuguesa que morreu no acidente aéreo recorreu para aquele Tribunal, queixando-se da lentidão da justiça luxemburguesa, juntando-se a uma família alemã que perdeu o filho no acidente.

O Grão-Ducado foi condenado por aquela instância superior por não respeitar os prazos judiciais.

O caso só começaria a ser julgado no Tribunal da Relação do Luxemburgo a 10 de Outubro de 2011.

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