quarta-feira, 23 de maio de 2012

Empresários luxemburgueses e portugueses trocam experiências em Lisboa

Paulo Janeiro criou um mini autocarro eléctrico
sem condutor Fotos: Licínio Lima
O encontro promovido pela Embaixada do Luxemburgo em Lisboa serviu para apresentar empresários do Luxemburgo aos empresários portugueses. Uma ocasião para procurar alternativas para a crise.

Paulo Janeiro, de Coimbra, 33 anos, quer ver espalhado por todo lado o seu carro eléctrico sem condutor fabricado em Portugal, único no mundo. Também Teresa Cruz, do Porto, com 27 anos, gostaria de ver os seus vinhos serem apreciados além-fronteiras, com o rótulo da garrafa desenhado ao gosto de cada um.

São dois jovens empresários que no dia 17 se juntaram na embaixada do Luxemburgo, em Lisboa, com muitos outros empresários portugueses e luxemburgueses, para partilharem experiências e divulgarem os seus projectos.

Eram cerca de 80 homens e mulheres de negócios, de ambos os países, reunidos nos jardins da Embaixada a convite do embaixador Paul Schmit. Do Grão-Ducado eram cerca de 40, dos sectores da construção, banca, seguros e tecnologias da informação, entre outros, pertencentes à Associação de Jovens Empresários Luxemburgueses. Todos os anos esta entidade promove uma deslocação a um determinado país para recolher experiências e descobrir desafios. Portugal foi este ano o eleito e, durante dois dias, com outros empresários lusos, os luxemburgueses percorreram o país para visitar as empresas mais emblemáticas.

A recepção na embaixada foi o culminar desses dois dias de trabalho, considerados muito "agradáveis e úteis”, garantiu, ao CONTACTO, Francisco Balsemão, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE). Mas foram também um despertar de desafios para os jovens portugueses que se lançam no mundo dos negócios e enfrentam a crise que o país atravessa. "Têm de fazer pela vida”, disse, e aconselhou: "Ou tentam arranjar projectos que sejam exportáveis e internacionalizáveis, ou, então, se estiverem mais voltados para dentro, a melhor aposta poderá ser em projectos industriais que permitam reduzir as exportações".

Francisco Balsemão, à esquerda, preside
à associação de jovens portugueses
O Luxemburgo, em seu entender, pode ser um bom parceiro para os jovens empresários. "É um país europeu com indústria e tradicionalmente virado para o exterior”, frisou.
Para Paulo Janeiro, o convívio serviu, sobretudo, para falar do seu miniautocarro eléctrico sem condutor a que chama de elevador horizontal. O veículo, totalmente criado em Portugal, já pode ser visto no Hospital Rovisco Pais, em Coimbra, e num resort na Suíça. Não polui, não faz barulho, é alimentado com baterias e não tem condutor. "É o ideal para espaços fechados como grandes hospitais, grandes áreas industriais, ou hotelaria. Vai buscar as pessoas e leva-as onde elas quiserem, bastando para isso carregar num botão como se fosse um elevador", explicou.

Também Teresa Cruz, de 27 anos, natural do Porto, quis partilhar o génio que na sua empresa significa inovação. A sua área são os vinhos "Calheiros Cruz”, do Douro, que têm uma particularidade criada por Teresa: a garrafa pode ser comercializada com um rótulo em branco, podendo o cliente inscrever nele o que lhe apetecer. "Por exemplo, uma dedicatória à pessoa com que vai jantar", explicou. Ou seja, "personaliza o momento com um bom vinho".

Tristão Bacelar faz sacos para pão onde os empresários poderão colocar publicidade e Artur Soares, na área da biotecnologia, faz embalagens para a indústria farmacêutica, enquanto Célia Pimpista, antiga presidente da ANJE, gere o jardim-restaurante Clara, em Lisboa, onde idealizou um espaço para servir de encontro de todos os empresários.

Foi esta partilha de experiências, entre portugueses e luxemburgueses, que se vivenciou nos jardins da embaixada do Luxemburgo. Paul Schmit, no seu discurso de acolhimento, transmitiu aos empresários uma imagem de Portugal bem positiva, com potencial de investimento, destacando, sobretudo, a estabilidade política do país.

Licínio Lima, em Lisboa

1 comentário:

  1. Exmos. Srs.,

    No âmbito do projeto de dissertação referente ao mestrado de Gestão Comercial realizado por mim na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, intitulado “O Empreendedorismo Empresarial dos Emigrantes Portugueses”, solicito a vossa ajuda na obtenção de contactos que me permitam inquirir os emigrantes portugueses que sejam membros da vossa lista de contactos.

    O meu objetivo é inquirir o maior número de portugueses que sejam emigrantes e empresários simultaneamente dos mais diversos países pelo que a vossa ajuda será crucial.

    No caso de impossibilidade de indicação de contactos, podem por favor, encaminhar esta mensagem para os emigrantes portugueses de forma a que estes possam responder? Relembro que as respostas serão confidenciais.

    Podem aceder ao inquérito através do seguinte link:
    https://docs.google.com/forms/d/17lNZf9xUiitU7NZMjWpGkzfBbOkj5tWRbdE-XTUE0bs/viewform

    Qualquer dúvida não hesitem em contactar-me.

    Obrigado,
    Cumprimentos,

    José Braga Costa
    +351 916 215 220

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